dimarts, 27 d’agost del 2013

Fados do meu fado

Amb aquest títol va editar aquest fadista el seu quart CD. Ja fa algun temps vam publicar de nelson Duarte un fado Pedro Rodrigues del seu CD Um brinde à vida que crec que és més recent.




Ara, gràcies a l'amic António Carpinteiro, que des de Madeira em nodreix de bom fado, escoltarem um Fado Cigano amb lletra de Fernando Campos del qual he fet la transcripció de la lletra, que mercès a la veu clara d'aquest fadista, no ha resultat difícil.

Que mãos são essas

Letra .  Fernando Campos de Castro
Música. Armando Machado *Fado Cigano*



Que mãos são essas que trazes
Essas mãos com que me fazes
Carícias que nunca vi
São duas mãos que se agitam
E em cada gesto me gritam
Palavras que bebo em ti

Que mãos são essas libertas
Nas madrugadas abertas
De cada noite que temos
São duas mãos de ansiedade
A procurar em verdade
Nos sonhos que os dois vivemos.

Que mãos são essas tão frias
Essas mãos com que fazias
Carícias como ninguém
Que mãos são essas paradas
Como marés adiadas
Nas praias que o corpo tem.

Que mãos são essas distantes
Essas mãos tão inconstantes
Que habitam os sonhos meus
Que mãos são essas erguidas
A lembrarem despedidas
A quem não querem a Deus.

dijous, 22 d’agost del 2013

António Vasco Moraes

Tinc la sensació qie vaig escoltar Vasco Moraes a Mesa de Frades l'any passat. Quan vaig escoltar el seu CD Saudade, aquella veu, aquell rostre no m'eren estranys, i remenant pels caixonets de la memòria el vaig ubicar a la mítica Mesa de Frades. Potser vaig errat, però en tot cas volia compartir la seva veu aqui al blog amb tots vosaltres.
Gràcies a l'amic António Carpinteiro per la seva ajuda.

Dos clàssics, poema de João Ferreira Rosa que ja hem penjat al blog cantat pel seu autor, amb música de Fado Cravo d'Alfredo Marceneiro.

Triste sorte

João Ferreira Rosa / Alfredo Duarte *fado cravo*

Ando na vida à procura
Duma noite menos escura
Que traga luar do céu;
Duma noite menos fria
Em que não sinta a agonia
Dum dia a mais que morreu

Vou cantando amargurado / Mais um fado e outro fado
Que fale do fado meu
Meu destino assim cantado / Jamais pode ser mudado
Porque do fado sou eu

Ser fadista, é triste sorte
Que nos faz pensar na morte / E em tudo que em nós morreu
Andar na vida à procura
Duma noite menos escura / Que traga luar do céu


 
Amb R. Rocha i J. Santos Jr. a Mesa de Frades
I em venia de gust tornar a escoltar aquesta.....

Porto sentido

Rui Veloso / Carlos Tê



Quem vem e atravessa o rio / Junto à Serra do Pilar
Vê um velho casario / Que se estende até ao mar

Quem te vê, ao vir da ponte / És cascata sanjoanina
Erigida sobre o monte / No meio da neblina

Por ruelas e calçadas / Da ribeira até á foz
Por pedras sujas e gastas / E lampiões tristes e sós

Esse teu ar grave e sério / Num rosto de cantaria
Que nos oculta o mistério / Dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonado / Nesse timbre pardacento
Nesse teu jeito fechado / De quem mói o sentimento

E é sempre a primeira vez / Em cada regresso a casa
Rever-te nessa altivez / De milhafre ferido na asa.

divendres, 16 d’agost del 2013

Lurdes Faria

El fantàstic canal de Youtube de 4FadoLisbon, ens obsequia regularment amb un bon grapat de fados en viu, gravats en diversos locals, restaurants i cases de fado. He de reconèixer que no em perdo cap de les seves entregues i de tan en tan en penjo alguna aqui al blog, quan m'agrada  el poema o la manera com és cantat.
Avui no em resisteixo a penjar aqui aquest fado marxa d'Alfredo Marceneiro que canta Lurdes Faria, que imagino és una fadista "amadora" que canta el fado pel goig de cantar-lo -com tants i tants portuguesos- i que son tan desconeguts com essència pròpia del Fado.
Lurdes Faria canta Confissão, poema de Domingos Gonçalves da Costa i música d'Aldredo Marceneiro, al Restaurante Marisqueria dos Anjos, al bairro d'Anjos, Lisboa.



Oh minha mãe santa e bela
Perdoa se te desgosta
A minha resolução;
Mas eu não gostava dela
E a gente quando não gosta
Não engana o coração

Das coisas mais sublimes
É ter em nós um cantinho / P’ra guardar a nossa dôr
Mas um dos mais graves crimes
É aceitar um carinho / Pagando com falso amor

Não minha mãe, não a quero
São tantos os teus esforços / Mas vê, a vida é assim
Não a querendo, sou sincero
E não sentirei remorsos / De a ver perdida por mim

Oh minha mãe, vais saber
Qual o enorme desgosto / Que me faz falar assim
É porque eu vivo a sofrer
Por outra de quem eu gosto / Mas de que não gosta de mim.

lletra extreta del blog fadosdofado

divendres, 9 d’agost del 2013

Noranta anys


Aquest any ha complert noranta anys, i continua cantant i encantant a qui l'escolta i també els seus companys de viatge fadista, companys que l'estimeni la respecten.
No podia ser d'altra manera. La Celeste Rodrigues és d'aquelles figures que no deixen indiferent, mai oblidaré aquell vespre al cafè Luso compartint taula i escoltant parlar al Fado.


Aquesta és una gravació d'estudi, i per tant, no és en so directe. Reconec la mítica Mesa de Frades i un grapat de fadistes "de primeira água" que, enbadalits, escolten el mite.

Parabéns Dona Celeste. Um beijinho grande.


(homenagem aos 90 anos) from Arco Films on Vimeo.

Fado Celeste

Tiago Torres da Silva / Pedro Pinhal


Quando a manhã me desperta
A janela entreaberta
Deixa-me ver a cidade;
E p'ra não sofrer à toa
Não dou um nome a Lisboa
E só lhe chamo saudade

Há tanta gente a passar
Que ás vezes chego a escutar / O pregão duma varina
Sei que a vida continua
Mas vejo passar na rua / Os meus tempos de menina

Olho outra vez a cidade
Mas quando o vento me invade / E a solidão me agarra
Fecho de vez a janela
Peço á saudade, cautela / E abraço uma guitarra.

divendres, 2 d’agost del 2013

Les "Loucuras" d'en Galveias

  Del disc de Pedro Galveias que vam presentar aqui fa alguns mesos, ens faltava el vídeo que hi ve incorporat, un fado musicat poema d'António Rocha i música del genial guitarrista Fernando Silva.


Loucuras não meu coração
sossega um pouco
essa paixão é uma ilusão
não sejas louco

Não sonhes mais porque só vais
sofrer de novo
otra aventura é uma loucura
que não aprovo

Tempo perdido tenta esquecer
ir ao sentido dessa mulher
a vida é breve e o desespero
turva a razão
escuta ao que digo sossega a alma
meu bom amigo vive com calma
amor proibido não faz sentido
loucuras não